O psicólogo e economista Daniel Khaneman, em seu livro Rápido e Devagar, descreve como funciona a Cascada da Disponibilidade: “... é uma cadeia de eventos auto sustentável, que pode se iniciar com matérias na imprensa sobre um evento de pequena importância, até provocar pânico e ações governamentais em alta escala. Em algumas ocasiões, uma matéria na imprensa sobre algum risco, captura a atenção de um segmento do público, que se torna atento e preocupado. Essa reação emocional se transforma numa história por si mesma, provocando cobertura adicional da imprensa, que por sua vez produz mais preocupação e envolvimento. Esse ciclo é algumas vezes acelerado deliberadamente por “empreendedores da disponibilidade”, indivíduos ou organizações que trabalham para assegurar um fluxo contínuo de notícias alarmantes. O perigo é cada vez mais exagerado, conforme a mídia compete por manchetes apelativas. Cientistas e outros que tentam acalmar o medo e repulsa crescentes, recebem pouca atenção, a maioria hostil: qualquer um que afirme que o perigo é exagerado é imediatamente suspeito de associação com teorias da conspiração ou interesses escusos. O assunto torna-se politicamente importante porque está nas mentes de todos, e a resposta do sistema político é guiada pela intensidade do sentimento popular. A cascata da disponibilidade redefine prioridades. Outros riscos e outras formas pelas quais os recursos públicos poderiam ser aplicados para o bem comum, caem para um segundo plano.” Daniel Khaneman escreveu isso num livro lançado em 2011, falando de um conceito que surgiu em 1999. Qualquer semelhança com o que estamos vivendo hoje, não é mera coincidência. Este cafezinho chega a você com apoio do Cafebrasilpremium.com.br, conteúdo extra-forte para seu crescimento profissional
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