Conversando com uns amigos, descobri que há uma perplexidade no ar sobre a qual poucos estão falando. Parece que tem a ver com a época na qual vivemos, não sei acontece com você. As pessoas não respondem mais às demandas. Você envia uma mensagem, ela não responde. Faz uma ligação, ela não atende. Ou não retorna. Envia um projeto e recebe um “vamos avaliar” que nunca chega. Parece que as pessoas não querem assumir nenhum compromisso, nenhuma responsabilidade. E fica difícil entender porque, com toda a tecnologia de comunicação e resolução de problemas à disposição, isso acontece. Outro dia dei uma passada de olhos numas correspondências muito antigas, trocadas entre amigos nos anos 20 e 30. É divertido ver o português que se usava naquela época, mas uma coisa me assombrou. A facilidade com que as pessoas manifestavam apreço, gratidão e elogiavam aquilo que achavam legal. E o faziam por escrito, até porque não havia outra forma de comunicação além das cartas, não é? Mas está tudo lá: “fulano, você não imagina a alegria que senti com sua visita visitou”, “cicrano, sua inteligência me ajudou a encontrar orientação num momento importante, muito obrigado”, e coisas assim. Aos montes. Fazer uma visita era uma visita. Receber uma visita, era um evento. As pessoas se preparavam, se vestiam para isso. Havia um cerimonial, uma pompa, uma dedicação, que significava simplesmente que o outro se importava conosco. E demonstrava isso nos detalhes, no trato, no cuidado. E hoje, com todas as facilidades na mão, estamos fugindo dessas demonstrações de respeito. Algo se perdeu no caminho. Isca: Mostre que você se importa.See
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