"Olá! Me chamo Fernanda Dasko e, juntamente com Gabrieli Oliveira, iremos apresentar uma resenha crítica sobre o livro "Uma sombra na escuridão".
Esse livro se sustenta na série do autor Robert Bryndza sobre suspense policial, sendo o segundo livro da sequência. Em começo com o livro “Uma garota no gelo”, essa série ficou muito famosa e repercutiu outros livros que ganharam o coração de muitos fãs ao redor do mundo.
“Uma sombra na escuridão" fala justamente sobre uma misteriosa sombra que invade a casa de um homem rico, um médico muito bem sucedido e solteiro. A sombra espera seu tempo, caminhando devagar em direção ao homem que estaria em um momento de lazer. Na primeira oportunidade, em que a vítima se vê mais vulnerável, a sombra ataca.
Após alguns dias, a detetive Erika Foster é convocada ao caso de homicídio, do qual tem que lidar com uma mãe que acaba de perder o filho e uma cena devastadora: um médico morto em sua cama, com a cabeça sobre um saco plástico especial e seus pulsos amarrados por um material cortante.
Depois de algumas semanas, a detetive se depara com outro caso, em que a vítima foi colocada nas mesmas circunstâncias que a anterior. Após algum tempo, com mais casos vinculados a esse modelo em que a sombra deixava os corpos, Erika Foster e a equipe se depararam com um serial killer que escolhia seus alvos cuidadosamente, sempre seguindo um padrão: homens bem sucedidos.
Entre todas as mortes e poucas provas, a detetive vai afunilando o caso e vai descobrindo pistas que podem levá-la mais perto do assassino, ou não. Esse caso poderá ser um marco ou uma catástrofe para a carreira de Erika, que terá que arriscar seu emprego, e até mesmo a vida, para achar o culpado.
Apesar da história só começar a desenrolar a partir das últimas 100 páginas, conta uma história interessante baseada em situações que acontecem no dia a dia, em como a nossa sociedade é organizada. É interessante o jeito em que demonstra como a situação é real. Uma história intrigante, porém parada. Dependendo do ponto de vista, a versão de livros em que o autor deixa claro o assassino desde o começo perde um pouco da graça de caçar aquele que está por trás de todo o terror que envolve a história, assim deixando-a mais lenta.
Mesmo sendo parada, ela ainda é uma história boa? Isso depende de quem vai ler, óbvio. Mas se vermos a história de um modo geral, seria muito bom o autor repensar em contextos para sua série, que diferentemente do primeiro livro, teve uma maior investigação, que acompanhamos junto com acontecimentos do trabalho e vida das personagens. O segundo contempla essa troca de observações de um mesmo mundo, mas em alguns momentos é difícil saber em qual momento da história se passa, se é em um momento de trabalho, se é o assassino falando, e muitas vezes faltando se aprofundar na história do criminoso.
Falando positivamente, a história é bem diferenciada das anteriores e sucessoras, é nela que vemos um diferencial bastante abrangente quando nos referimos a situação de agressores e crimes. É muito interessante o jeito em que o autor nos proporciona a ideia de amar e odiar o assassino ao mesmo tempo, em que entendemos como é a convivência com aquela pessoa em sua casa e familiares, e entendemos o porquê dela ter feito aquele crime, mesmo não concordando com o ato por ser errado. Essa disfunção entre diferentes realidades, tanto do assassino, tanto da policial, fazem a história ficar mais rica ao longo da leitura.
Sendo o segundo livro da série, é um bom livro, com uma boa leitura, que apesar de suas falhas, vale a pena. Uma recomendação desse livro seria algo forte a um primeiro momento, é necessária uma revisão da história e ver se é o tipo de desenvolvimento que o leitor gosta, que apesar de ser um gênero amplo, tem um modo de escrita muito específico e estranho, que pode agradar a muitos olhos e fazer outros odiarem.
Muito obrigada por ouvirem nosso podcast sobre esse livro da sequência de Robert Bryndza. Esperamos que tenham gostado da nossa narrativa, e uma boa semana."