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No dicionário, baderna é um substantivo feminino que significa confusão. Já esse Baderna que está em suas mãos, que você começou a folhear, traz à tona o que pouquíssimas pessoas...
show morePaula Giannini, tetraneta de Marietta Baderna, por meio de uma escrita poética e apaixonada, em um balé de palavras, nos presenteia com um livro-roteiro que mistura muita história, pesquisada exaustivamente em periódicos daqui, da França e da Itália, e um pouco de ficção. Um livro, como ela mesma denomina, feito de dúvidas, apagamentos e delírios. Marietta, discípula do italiano Carlo Blasis, formada pela Academia Imperial de Balé do Scala, em Milão, aporta em nossas terras aos 21 anos. Esse livro preenche parte do vazio da história de mulheres que contribuíram para a formação da nossa cultura, no período oitocentista. Por seu amor às danças dos pretos, ao Lundu, pelos filhos, marido e descendentes que aqui deixou e pelas alunas que formou, passou a maior parte da sua vida no Brasil e tornou-se, em suas palavras, uma mestiça cultural ítalo-brasileira.
Paula Giannini lança luz à vida dessa exímia bailarina, cujos ardorosos fãs lotavam os teatros da Corte, ávidos em ver Marietta, seus bailados e suas pernas. Os baderneiros ou badernistas – entre eles Machado de Assis, Gonçalves Dias e Manuel Antônio de Almeida –, que, com pateadas estrondosas aclamavam a artista – “Baderna! Baderna! Baderna!” –, deram início ao que viria a ser conhecido como Badernada.
A autora ainda nos brinda com um pouco de semântica, de história da dança, do teatro, da ópera e do machismo do século XIX na capital do Brasil.
Um viva à Baderna!
Maria Assunção – atriz e pesquisadora do teatro brasileiro
Editora Palco das Letras
No dicionário, baderna é um substantivo feminino que significa confusão. Já esse Baderna que está em suas mãos, que você começou a folhear, traz à tona o que pouquíssimas pessoas...
show morePaula Giannini, tetraneta de Marietta Baderna, por meio de uma escrita poética e apaixonada, em um balé de palavras, nos presenteia com um livro-roteiro que mistura muita história, pesquisada exaustivamente em periódicos daqui, da França e da Itália, e um pouco de ficção. Um livro, como ela mesma denomina, feito de dúvidas, apagamentos e delírios. Marietta, discípula do italiano Carlo Blasis, formada pela Academia Imperial de Balé do Scala, em Milão, aporta em nossas terras aos 21 anos. Esse livro preenche parte do vazio da história de mulheres que contribuíram para a formação da nossa cultura, no período oitocentista. Por seu amor às danças dos pretos, ao Lundu, pelos filhos, marido e descendentes que aqui deixou e pelas alunas que formou, passou a maior parte da sua vida no Brasil e tornou-se, em suas palavras, uma mestiça cultural ítalo-brasileira.
Paula Giannini lança luz à vida dessa exímia bailarina, cujos ardorosos fãs lotavam os teatros da Corte, ávidos em ver Marietta, seus bailados e suas pernas. Os baderneiros ou badernistas – entre eles Machado de Assis, Gonçalves Dias e Manuel Antônio de Almeida –, que, com pateadas estrondosas aclamavam a artista – “Baderna! Baderna! Baderna!” –, deram início ao que viria a ser conhecido como Badernada.
A autora ainda nos brinda com um pouco de semântica, de história da dança, do teatro, da ópera e do machismo do século XIX na capital do Brasil.
Um viva à Baderna!
Maria Assunção – atriz e pesquisadora do teatro brasileiro
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