21 MAY 2025 · No episódio "A Revolução Começa na Panela", voltamos milhares de anos no tempo para entender como o simples ato de cozinhar transformou o destino da nossa espécie. Ao redor da fogueira, nossos ancestrais descobriram que cozinhar não só tornava os alimentos mais seguros e nutritivos, mas também permitia que gastassem menos energia com digestão e mais com criatividade, comunicação e comunidade. Nosso corpo mudou, nosso cérebro cresceu, nossas sociedades se fortaleceram ao redor das panelas. A cozinha é espaço de afeto e resistência, especialmente nas Cozinhas Solidárias do MTST, que além de combaterem a fome, promovem a agroecologia e fortalecem o tecido social. Destacamos também as PANCs, que chamamos de Plantas Alimentícias Não Colonizadas, como protagonistas de uma culinária agroecológica que combate a monotonia alimentar, resgata sabores ancestrais e nutre a biodiversidade local. Refletimos ainda sobre como o agronegócio e a indústria alimentar têm afastado as pessoas das panelas e da terra, produzindo alimentos ultraprocessados que alienam e adoecem. Mas cozinhar pode ser um ato político e transformador, devolvendo autonomia sobre o que comemos e como nos relacionamos com o planeta. Cada prato feito em casa, com ingredientes agroflorestais e saber ancestral, é um elo vivo com nossas raízes, e uma forma poderosa de regenerar não só a saúde do corpo, mas também da terra e das comunidades. No fim, cozinhar é cuidar, resistir, lembrar. E quem cozinha com carinho, naturalmente planta com cuidado, porque cozinhar foi nosso primeiro gesto agroecológico.
https://www.youtube.com/watch?v=yZR-Wg4dmKM
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